sábado, 17 de novembro de 2007

Uma Jornada Infinita

Desculpem a ausência repentina, reduntante, frenquente e involuntária, mas acho que pelo texto meio que dá pra explicar o que está havendo...

Visualize a seguinte situação:
Ele nasceu, cresceu, demorou quase um ano e meio para começar a falar e praticamente dois anos para dar os primeiros passos. Ele cresceu mais um pouco, entrou na escola, a família inteira trabalhava o dia todo, então ia para escola bem cedo e voltava no fim da tarde.
Seis anos depois do nascimento, ele troca de escola. Novos amigos, nova professora, novo método, novo lanche... Agora era uma escola católica, a principal novidade: regras, regras e mais regras.
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Mas, de repente, o método católico não era o melhor. Cinco anos depois e ele troca de escola mais uma vez, agora uma escola estadual. Ele fica chocado... Não por ser uma escola diferente, não pelas inúmeras novidades, não por ter que conhecer os amigos, professores, diretores e etc. Mas porquê ele sempre se imaginou melhor que os 'estaduais' e eis que, na verdade não era. Era melhor que alguns de fato, mas muito pior que outros... Gostou da situação, talvez os quatro anos mais divertidos.
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Mas não era o suficiente ainda, passados os quatro anos. O melhor caminho era ir para a cidade vizinha, afinal, no vilarejo em que vivia a educação era paupérrima. Voltou para uma instituição privada, reaprendeu a conviver com a aparência e a superficialidade. Gostou também. Foram três anos de aprendizado constante em todos os sentidos, talvez pela idade... Saiu de lá com dezessete anos.
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Faculdade... Pior coisa do mundo, fazer uma escolha! Escolha não, estigma. Vai andar com você o resto da vida. Ele decidiu optar pelo que achava certo. Mudou de cidade foi pra um lugar novo, fez novos amigos, novos professores, tudo novo. Seis meses depois, adivinha? Ele errou, não estava no caminho certo.
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Voltou pro velho, agora era tudo velho, os velhos amigos, a velha cidade, a velha vida... Seis meses se passam, e ele volta a fazer uma escolha. A princípio apreensivo, mas depois ele se acostuma, acaba gostando da idéia com o passar do tempo, esta com novidades também, nova cidade, novos amigos que se juntaram aos velhos, um novo mundo.
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Um ano se passou e quando ele achava que todo o novo tinha acabado, mais uma novidade. Ele vai se mudar, vai pra uma nova cidade, agora muito mais longe que todas as anteriores. Tudo é diferente, até o andar das pessoas é diferente. Nos quatro anos em que ele vive nesse lugar ele aprende mais do que aprendera em toda a sua vida, ele aprende lições muito difíceis que somente na prática podem ser ensinadas, ele aprende sobre pessoas, sobre o mundo, sobre o tempo, sobre paciência e até mesmo sobre distância...
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Ele achava que tudo tinha acabado, mas essa semana ele recebe uma notícia, e agora, tudo vai mudar mais uma vez... Só resta a eterna esperança, que na infinitude da jornada, seus passos o levem a aprender mais e mais...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Sobre um Gato Pardo

Mil desculpas por ter largado isso aqui.. Ninguém curte postar e eu não vou ficar cobrando. Como eu já tinha dito: posta quem quer. Só gostaria de um pouco mais de consideração dos membros...

Vai um texto, que é mais uma conversa, do último episódio de Cowboy Bebop. Eu tinha uns 15 anos quando assisti a série inteira. Me deixou um pouco do que eu sou hoje. A conversa e a série.
Quem não viu, não viveu.

"Do you know a story that goes like this?"
"There was once a tiger-stripped cat.
This cat died a million deaths
and was reborn a million times
and was owned by various people
who he didn't care for.
The cat wasn't afraid to die...
One day, the cat was a free, a stray cat.
He met a white female cat, and the two cats
spent their days happily together.
Years passed and the white cat died of old age.
The tiger-stripped cat cried a million times and then died.
It never came back to life..."
"That's a good story..."
"I hate that story... I hate cats..."

(aqui vai a tradução)

"Você conhece uma história mais ou menos assim?"
"Era uma vez um gato listrado.
O gato morreu um milhão de vezes
e renasceu um milhão de vezes
e várias pessoas foram donas dele
mas ele não se importava com nenhuma delas.
O gato não tinha medo de morrer...
Um dia, o gato era livre, um gato de rua.
Ele conheceu uma gata branca, e os dois
passaram seus dias felizes, juntos.
Anos se passaram e a gata branca morreu de velhice.
O gato listrado chorou um milhão de vezes e depois morreu.
Nunca mais voltou a vida..."
"É uma boa história..."
"Eu odeio essa história... Eu odeio gatos..."

domingo, 7 de outubro de 2007

O Primeiro Passo - Parte I

Eu reconheço que o texto é meio longo, mas vale a pena... Na verdade é a primeira parte da estória que postei duas semans atrás (que está aí embaixo em algum lugar)... Críticas bem vindas... Obrigado!
§§§
Frio, manhã enevoada, e uma chuva muito fina caindo, o que aumentava ainda mais a sensação de frio. Ele encontrava-se em meio a Vitarus, a grande floresta que circula Kelowin. Lugar de uma beleza própria, exótica e selvagem, uma mata fechada, mas que ele conhecia como as costas de sua mão. Ele está aqui novamente, como faz praticamente todos os dias, sempre buscando ervas, fungos, cogumelos, raízes e tudo mais que possa ajudá-lo em seu trabalho. A profissão de herborista não é a mais bem vista pelo povo, alguns o consideram um bruxo, outros duvidam de seus feitos, porém, para o herborista, nada disso merece atenção, seu prazer é manipular o que extrai da natureza a fim de dar nova forma a tudo: remédios, loções, tônicos, perfumes e até venenos... Tudo partindo de princípios naturais de combinação até alcançar os efeitos desejados.
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Ele encontra-se à sombra de um grande carvalho, em meio às raízes expostas da imensa árvore encontram-se os shojis, pequenos fungos usados em perfumes, que são um grande atrativo comercial. Enquanto coleta os ingredientes um pensamento que há muito lhe ronda: "Por quê?"... Não é de hoje que esta pergunta não sai de sua mente: "Por que estou fazendo isso?". Não que haja algo errado em sua profissão, mas os anos passam e continua a repetir o que a aprendera de seu pai. Sempre fora um jovem com pensamento distante, sempre prometendo a si mesmo que correria de Kelowin para um lugar distante, abriria novas portas, veria novos mundos. Mas não, ali estava ele, copiando os passos de seu falecido pai. Deste herdara o dom de manipular as dádivas da natureza e a sabedoria de julgamento, mas após a sua morte, viu que todos os seus sonhos de se tornar diferente foram abandonados. Justo agora que nenhuma família lhe restara, que ninguém poderia obstar suas escolhas, continuava pelo caminho que tinha jurado não seguir.
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Mas ele queria mais, queria fazer algo que lhe colocasse em contato com o mundo exterior e não o prendesse ao interior de seu laboratório. Queria ver pessoas que se inspirassem em seus feitos e não temessem suas conquistas. Queria a velocidade e queria o tempo, queria o breve e queria o impossível, queria sair e trilhar novos caminhos, mas ainda assim... ali continuava.
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Ainda em meio a seu trabalho de coleta, ele percebe que a névoa que quase permanentemente cobre Vitarus estava se dissipando, fenômeno quase absurdo para aquela hora da manhã, afinal, o sol mal havia nascido e a mata é famosa por estar sempre sob pesadas nuvens de chão. Ele ergue a cabeça tentando entender o que se passa, eis que há alguns passos de distância, menos de quinze, avista um vulto, algo parecido com uma pessoa. Imediatamente toma seu cajado em mãos, o apoio sempre usado em suas jornadas floresta adentro é sua única defesa neste momento, em todos estes anos nunca vira ninguém nessa parte da floresta, apenas herboristas se arriscavam a ir tão dentro da mata a estas horas da manhã e com a morte de seu pai, ele era o único herborista em Kelowin.
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Ele se abaixa, imagina que a pouca névoa que ainda resta e a capa que veste como proteção ao clima áspero possam ocultar sua presença, ainda assim, mantém os olhos fixos na figura não muito distante, imóvel e silencioso. Em sua observação percebe que a figura está por se aproximar, dando passos lentos e firmes, a cada passo do vulto, ele aperta mais seu cajado. Vê que figura encontra-se agora a menos de sete passos de sua posição, então, subitamente, como se fosse um espasmo do espírito jovem e aventureiro que um dia tivera ele grita com a voz meio trêmula: "QUEM ESTÁ AÍ?"...
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Por alguns momentos que pareciam beirar a eternidade um silêncio medonho cortou o frio ar de Vitarus, o estranho já se detivera imediatamente ao ouvir o manifesto, e agora parece observar aquele que questionou sua identidade, a névoa do local diminuiu muito, mas ainda assim, não se pode afirmar com certeza o que ele está vendo. Sem saber o que fazer, o herborista volta a ficar em pé, pode ver tem praticamente a mesma estatura do vulto, agora, um pouco mais confiante e usando um volume normal de voz questiona novamente a identidade do estranho, continua com o seu cajado em mãos caso tenha que usá-lo.
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Neste momento, a névoa que resta no ambiente desaparece, como se uma brisa morna tomasse conta do lugar e o herborista tem uma visão clara da figura que encontra-se a sua frente, ao observar os traços desta, uma incrível sensação de bem-estar toma conta de seu espírito. A figura se aproxima para menos de quatro passos dele, o que o faz sentir um misto de calma e insegurança diante da visão, é uma mulher... Mas não uma simples mulher, bem longe disto na verdade. Alta, esguia, a pele muito clara, os trajes de couro de animal típicos de uma viajante. "Mas o que um viajante faz em meio a Vivarus? Ainda mais uma mulher?"... Pergunta que parece não querer ser respondida, pois o herborista está totalmente imóvel, como se aquela figura que no momento mantem o olhar fixo para o chão o tivesse paralisado.
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Alguns instantes passam, ele retoma o controle de si, agora tranquilo afinal, é apenas uma mulher, mais calmo diz: "Posso ajudá-la?". Ao ouvir a pergunta, a viajante levanta a cabeça, e o herborista se espanta com o que vê, uma linda face por sobre o capuz, quase indescritível, os cabelos de um dourado celestial quase brancos e olhos de um azul profundo. Tal visão faz com que ele perca a noção do tempo e do espaço: "O que uma criatura de beleza quase desumana faz em meio a Vitarus?". Pensa, mas sente que as palavras querem sair de sua boca num salto.
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Ele não sabe quanto tempo passaram olhando um para o outro, apenas sente que não foi pouco. Mas enfim, como um raio de luz que adentra um quarto escuro ela diz: "Eu te procurava, Meron." O sangue parece congelar nas veias do herborista, perplexo, primeiro pela moça ter respondido a pergunta que lhe rondava as idéias, e depois, por saber seu nome, coisa que a maioria do povo de Kelowin devia desconhecer, para a cidade, ele era apenas 'herborista'. Com o estalar de um galho sob seus pés ele volta a consciência plena, recomposto, volta a apertar o cajado em suas mãos e pergunta: "Como sabe meu nome? E se me procura, em que posso ser útil?"
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A moça que mantem o olhar fixo nos olhos de Meron responde após alguns instantes: "Sei muito sobre você, herborista. Sei que continua o trabalho de teu pai, sei que isso não satisfaz teu coração, sei que grandes sonhos açoitam teu sono, sei que nunca usou este cajado contra ninguém e sei que está se perguntando como eu sei de tudo isto...". Após ouvir a doce voz terminar de pronunciar estas palavras, ele sente seu coração prestes a arrebentar-lhe o peito, o chão desaparece e em seu último esforço para conter a vontade desesperada de fugir, ergue o cajado a sua frente e diz: "Quem é você? Uma bruxa? Desapareça daqui feiticeira!!! Por acaso lançou um feitiço em mim???"
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A moça continua com o olhar fixo em Meron, mas agora um sorriso lhe contorna os lábios, um sorriso que se transforma em um riso leve e tranquilizante, capaz até de tranquilizar o herborista, enfim diz: "Acalme-se senhor das ervas, não sou bruxa, muito menos lhe desejo qualquer mal. Aliás, diz-se pelo Sarien que os bruxos são vocês, herboristas! Agora, baixe esta arma pois bem sabe que pode acabar machucando a ti mesmo com ele, e deixe-me explicar o que me trouxe aqui..."
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O herborista fica sem ação, reflete repetidamente, o que poderia essa mulher fazer contra ele, a tranquilidade que paira no ar o convence a baixar o cajado e se determina a ouvir as explicações da moça.

(...) Continua...

domingo, 30 de setembro de 2007

Vincent

Uma vez eu conheci um homem que dizia ser imortal. Talvez ele realmente fosse, sabe? A quantia de coisas que ele podia te contar, coisas que na maioria das vezes te fariam chorar e em poucas outras te fariam rir, era infinita. Eu tive a sorte de virar amigo dele, até ele sumir de novo.

Se eu me lembro bem, tudo começou quando ele fez 21. Num acidente de carro ele conseguiu perder mãe, pai e irmão. Não dava pra explicar a situação, mas ele simplesmente não morreu junto, ficou lá no chão, sangrando, chorando. 1 mês depois ele estava fora do hospital, mas não estava bem. Começou a viver do mesmo jeito de antes, não feliz, nem bem, apenas vivendo. Começou a desconfiar da condição aos 33 anos, quando viu que ainda tinha cara de 21.

Com 33 ele já estava casado e tinha uma filha, Aya. Linda menina, se me permite. Olhos verdes, cabelos loiros, magra. Viveu bem até os 17, quando faleceu por algum motivo que eu não consigo me lembrar. Nessa época ele devia ter 43 anos, mas tinha a mesma cara desde os 21. Eu ainda não conhecia ele. Na verdade, só fui conhecer quando ele tinha uns 90 anos, mas isso é uma história pra depois.

Ele amava a filha, amava a mulher e amava seu casal de gatos. Tudo que ele não queria era perder isso, só isso. Mas não deu. No ano em que ele fez 51 o casal dos gatos se foi, primeiro a fêmea, em janeiro, depois o macho, em setembro. A casa ficou vazia e eles choraram mais uma vez por causa da Aya. Aos 78 foi a vez da mulher dele. Nunca ouvi o nome e nem mesmo ousei perguntar, escutei essa história uma vez só e não vou escutar de novo. No ano em que a esposa faleceu, ele continuava com 21 por fora, mas por dentro ele não sabia. Parecia um adolescente, caos e confusão na cabeça, mas também era adulto, conseguia cuidar de si mesmo e sabia muito bem o que queria: Morrer.

Dos 80 até os 87 foram todos seus amigos embora, os 3 melhores permaneceram até os 87, depois não agüentaram. Os outros foram indo de pouco em pouco e ele achou que suportaria. E realmente suportou, até os 87. Depois disso ficou sem ninguém. Não precisava trabalhar, não saia mais de casa. Estava cansado, esperando o seu tempo que não chegava.

Aos 93 ele achou melhor mudar, ficar parado em casa não dava mais. Resolveu mentir a idade, começar a sair de novo, viajar. Assim ele conheceu um novo grupo de amigos, eu entre eles. Conheceu a 2ª esposa ali também, mas ninguém sabia da “doença” dele, na verdade a gente achava que ele era o mais novo da turma.

Juntos a gente foi vivendo e se conhecendo. Acho que ele conseguiu ganhar forças conosco, não sei. Eu o conheci quando fiz 24 anos. Foi em um boteco em uma rua qualquer, comemorando o meu aniversário. Ele já namorava a Luiza há uns três meses nessa ocasião. Não consigo explicar como nem o porquê, mas nós viramos amigos, melhores amigos. E assim foi até o ano passado, quando eu fiz 73.

Quando Luiza fez 27, nasceu o Victor. Moreno, olhos castanhos e pele clara. Aos 15 ele faleceu, com a namorada, indo para a praia com os amigos. Nunca vi alguém chorar tanto quanto meu amigo naquele dia. Não teve mais filhos.

Quando Luiza fez 43 anos, ela se foi também. Morreu dormindo e ele jurou que nunca mais ia amar se tivesse que pagar um preço tão alto toda vez. E foi isso mesmo, nunca mais amou ninguém. Nem um beijo, não queria arriscar. Acho que nessa época ele tinha 130 anos, não consigo me lembrar. 2 vidas, foi o que ele tinha vivido já. E foi aí que ele me contou, até mesmo porque todo mundo via que tinha algo estranho.

Os outros acharam estranho, alguns ficaram com medo. Eu não. Ele continuava a mesma pessoa, tendo 130 anos ou 21, tanto fazia. Acho que, no final, só sobrei eu de companheiro e ele dizia que nunca mais ia amar ninguém depois que eu me fosse. Jogou o coração fora. E fez certo, se você quer saber.

Ano passado ele disse que ia viajar, conhecer lugares que ainda não tinha visto, mas que me mandaria cartas. Até hoje não recebi nenhuma, e também não espero receber. Acho que ele ficou livre agora e finalmente consegue viver sem ficar criando problemas e se preocupando demais. Era isso que eu devia ter feito, desde o começo, mas agora é tarde e eu canso muito fácil.

Provavelmente nunca mais vou ver ele e ele vai me ver só no meu velório, eu acho. É assim que vai ser, mas não é o jeito que tinha que ser. Ele não pediu pra viver pra sempre, mas teve que aceitar. E com isso vieram mais um monte de outras condições que ele não queria, mas teve que aceitar também. Eu não queria viver assim.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Vamos arrisca

Tudo na vida tem que arrisca, alguma conseqüência vai ter, boa ou ruim, isso é certeza! Mais tudo tem dois lados...
O lado bom do “ruim” é que aprendemos, consequentemente melhoramos. O lado ruim do “ruim” é que às vezes nos faz desistir, achar que tudo na sua vida esta errado e que você é um perdedor.
O lado bom do “bom”, é o momento de felicidade que ele nos proporciona, sendo assim você continua arriscando. O lado ruim do “bom” é o qual muitas vezes faz você pensa que não precisa faze mais nada, e deixa como esta cómodo.
Mais quem decide isso é você, você decide o que é melhor para si próprio, isso é de pessoa para pessoa!

A questão real, é que eu queria posta algo aqui, mais não tinha idéia do assunto, então pensei: “tenho que arrisca”.
Comecei ler texto por texto, e percebi que são vários assuntos, varias personalidades e varias opiniões.
Opinião: maneira, modo pessoal de ver.
Então cada um terá uma opinião, se for ruim, eu Paula Kremer vou tirar proveito disso e vou melhorar. Porque no meu ponto de vista, “ERRAR NÃO É HUMANO”, “ACERTAR É HUMANO”, eu não erro, eu aprendo! E sempre arrisco...
Elogios serão bem vindos. Criticas serão uma honra!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

"L" for Vendetta

Ah... O prazer da vingança...
Em um mundo onde tantos buscam cultivar virtudes e desenvolver o caráter, não há nada mais prazeroso do que a boa e velha emboscada.
Não estamos falando em interesses ocultos ou no mero sabor da derrota alheia, mas sim da tão falada 'justiça celestial', se é que isso existe... Mas algo acontece, alguma coisa conspira, um fato não pode ser tão perfeitamente coordenado a ponto de levar a miséria a alguém (e deixar outro tão feliz!).
Tudo bem... As milhares de Polianas que lerem isso daqui jogarão pedras e mais pedras. Tudo bem, tudo bem, apedrejem a vontade. Mas todos já passaram por isso, e embora externamente demonstrassem uma triste placidez, internamente estavam quase que explodindo de alegria. Ó grande dia, espero que fique na história.
Existe uma regra criada pelos estudiosos wicca chamada "Regra do três"... Diz que toda a energia que parte de você tende a retornar com três vezes mais força do que quando saiu. Isso quer dizer que, se você desejar o bem para o próximo, terá três vezes mais bem para você. Se, por outro lado, desejar o mal, este lhe será três vezes agravado. Existe uma falha nesta regra. A vingança. Como você já foi vítima de uma injustiça, não há mal nenhum de que este responda cabalmente por seus atos, e muito menos mal em você se divertir (um pouco) com isso. Rsrs.
Apenas retomo o já dito anteriormente, não temos que nos ocupar em tornar a vingança real, algo faz isso por nós, não pergunte o que, mas faz. E ela sempre acontece, mais cedo ou mais tarde, acontece.
Seja um prato a ser comido frio, seja doce e seja tardia... Mas seja sempre... Vingança!

*"L" for Vendetta, foi totalmente baseado no filme, apesar de não se inserir no contexto nem na ideologia pregada naquele. Porém, o "L" bem simboliza o autor que aqui está e sempre torce pelo bem comum, melhor dizendo, equilíbrio.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Acho que é hora de colocar isso aqui em algum lugar.... vai ficar aqui!

Esta é uma história que comecei a escrever a tempos, hoje colocarei um trecho aqui, em breve o restante... Se tiverem a paciência de ler, agradecido! (críticas aceitas)

As luzes se acendem, o palco está iluminado, nossa artista sente o leve enjoô típico a toda apresentação de casa cheia. A cidade de Flin-Flow está movimentada como um formigueiro, maior exemplo disto é a casa de espetáculos que está em capacidade total, na verdade mais que isso, pode-se ver pessoas em pé atrás das arquibancadas e no meio dos corredores, todas se acotovelando para ver a única apresentação da noite.
O show se inicia, uma artista solitária aparece, de súbito, começa a declamar piadas e gesticular incessantemente com o objetivo de agradar o público. Apesar da pouca idade, é uma atriz experiente, nascida e criada dentro de um teatro, ainda que isto esteja invisível por sob a máscara de teatro. Enquanto se apresenta, algo mágico acontece, o público sente a alegria da pessoa que está ali para diverti-lo, não se trata de um trabalho, mas sim de uma paixão.
A peça chega ao fim, todos aplaudem em fervorosa gritando de contentamento após tão brilhante apresentação, a atriz curva-se diante de todos em um gesto de agradecimento pela atenção dispensada e desaparece por trás das cortinas. Acamodada na coxia remove a máscara, aí está Lyrian. Enquanto artista mascarada, a grande atração de Flin-Flow que atrai atenção de multidões, sem a máscara, uma singela mulher na flor da juventude, tímida e humilde, do tipo que prefere ouvir à expressar uma opinião, presa a um mundo de sonhos que ocupa suas noites de descanso, sonhos de um lugar mais calmo, uma vida mais tranquila, um lugar mais bonito, e muito distante de Flin-Flow. Você lhe pergunta como chegar lá... Disso ela não faz a menor idéia, não sabe se este lugar possui um nome, sequer pode assegurar sua existência... Mas para ela, é um lugar muito real.
Lyrian traja suas vestes cotidianas composta pela bota de pele de animal, calças grossas de viajante e um espartilho escuro, sobre o espartilho uma capa para protegê-la do frio. Dá uma última olhada no espelho analisando o que vê: olhos de um azul intenso, tão azuiz que chegam a ser anormais para um ser humano, a pele extremamente clara e os cabelos louros, em qualquer outra mulher, tais características seriam consideradas uma dádiva divina. Para Lyrian, que possuia a alma tomada pela simplicidade, não era nada que fizesse dela especial, ao olhar-se no espelho, via apenas uma pessoa comum com uma tristeza anormal nos olhos, tristes por estarem ligados a um coração inquieto que almejava sonhos grandiosos, Lyrian não sabia o que eram estes sonhos, apenas sabia que não era ali que eles iriam se realizar, não na cidade turística de Flin-Flow.
A cidade está agitada, embora pacata outrora, estamos no início da estação das colheitas. As pessoas estão felizes pois poderão, por algum tempo, gozar de certa fartura. Festivais artísticos explodem pela cidade para celebrar a riqueza que brota da terra após uma satisfatória estação chuvosa. Flin-Flow é conhecida por todo o Sarone por ser a cidade mais bela da região, localiza-se às margens do lago Shinor o que propicia a produção agrícola e enriquece os produtores, sem contar que o lago é considerado um dos mais bem cotados entre os pescadores.
Lyrian sai da casa de espetáculos e parte para a sua verdadeira casa, embora não a considere assim, tendo em vista fora criada dentro do teatro, mas chama de casa o lugarejo onde vive, apesar de pequeno e possuir uma aparência meio deteriorada fica a beira do lago Shinor. A moradora passa a maior parte de suas horas vagas sentada às suas margens, sobre algum tronco ou pedra, observando a placidez das águas e as ondas que se formam no imenso lago, que pode ser considerado um pequeno mar.
Enquanto circula pelas ruelas de Flin-Flow, Lyrian tem uma estranha sensação. "Estou sendo seguida", pensa. A uma distância segura percebe que seu perseguidor sabe muito bem o que faz. Mas ora, não se deve brincar com a astúcia de uma artista do porte de Lyrian, anos observando detalhes lhe deram uma certa habilidade peculiar de percepção. Além de que as ruas que percorreu eram quase desertas, e é um hábito estar sempre fazendo voltas e voltas, para que o tempo passe mais depressa, mas ainda assim, seu perseguidor encontrava-se em seu encalço.
A moça decide entrar em ruas movimentadas, tentando se livrar deste indivíduo que lhe segue. "Algum fã mais atrevido", pensava. Mas lhe preocupava a inteligência do perdigueiro, mesmo desviando de caminhos tradicionais, embrenhando-se em ruas cheias, passando por postos de segurança, o seu seguidor permanecia sempre a uma distância segura.
Lyrian possuia um sentido mais aguçado para estas situações, quem não lhe conhecesse provalmente diria tratar-se de uma desbravadora, ou de alguém que segue estas profissões de risco. Muito longe da verdade, simplesmente nascera desta forma, e desde criança, foi esta percepção melhorada da realidade que lhe ajudara em diversas necessidades. Ela olha para trás na tentativa de identificar quem está copiando seus passos, eis que vê uma figura alta, usando uma capa como quase todos os habitantes da cidade, impossível distinguir qualquer outro traço, não consegue associar a visão com ninguém que conhecera previamente. Neste momento, decide analisar a situação, qualquer outra mulher que enfrentasse um desafio deste estaria, no mínimo, desesperada e buscando ajuda, porém, ela se sentia extremamente calma, como se já fosse algo esperado, como se soubesse que aquilo viria a acontecer, "Mas como?", uma pergunta que não lhe saia da cabeça.
Finalmente, a moça chega a rua que dá acesso a sua casa. Ora, vivera naquele local a vida toda e bem sabia que a este horário grande parte dos vizinhos estariam nas varandas de suas casas apreciando o entardecer e batendo um papo com quem eventualmente passasse por lá. Há alguns passos de sua casa dá uma última olhada para trás. É surpreendida, não há ninguém ali. "Mas como?", esta pergunta volta a habitar sua mente, "teria sido imaginação?" "Não!". Lyrian sabia que inúmeras eram as possibilidades para o que o desaparecimento repentino de seu perseguidor, mas de uma coisa ela tinha certeza, alguém havia lhe seguido desde que saíra da casa de espetáculos e agora não estava mais ali...

(continua...)

Erros de português são escusáveis...

sábado, 8 de setembro de 2007

Astros

Hi!

Então. Eu tinha várias idéias de texto mas nenhum propriamente escrito.. To preparando uma história q vai ter algumas partes, mas to realmente muito cansado.

Anyways, aqui vai um esboço.


O Sol.

Tem dias que a gente acorda e nem vê ele. Tem dias que acorda e nem queria ver ele, odeia ele e xinga ele por ele estar lá no alto, só olhando, enquanto as coisas por aqui não vão bem. E tem outros dias que você olha pra ele, vê como o céu ta azul, como as folhas estão mais verdes e se sente bem por ter ele lá em cima.

A Lua.

Ninguém realmente nota, só quando ela está grande, cor de queijo, redonda. Passa por várias fases, fica triste, vai melhorando e daí piora tudo. Eu, pessoalmente, nunca me esqueço dela. Gosto muito mais da noite do que outro horário. Além do fato de ela ser uma constante companheira, independente da fase.

As Estrelas.

Tanto quanto os outros 2, são contadoras de histórias. Mas essas aqui fazem desenhos que hoje em dia a gente não consegue mais ver. Pena. Podem ser maiores que os outros 2, e uma grande parte o é. E o mais triste: A maioria já se foi. Quando você olha pra cima, você olha para o passado, pra tudo que elas querem te contar, mas não entende nada.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Desafio de personalidade

Sem mtas apresentações...Marcos Daniel Feldmann... sou um cara q luta diariamente contra a sua própria personalidade, ou melhor em busca da sua própria personalidade. Ajudas? Precisarei... mas antes alguem pode me dizer se conhece a si mesmo? Tá aí uma questão q me deixa grilado...devo pensar no q os outros dizem ou não dar bola para essas coisas? Mtas perguntas vem em minha mente...Será q oq hj estou fazendo está moldando a minha personalidade q eu almejava a alguns anos atrás?


A resposta é simples...


Não sei...


ou as vezes acho q sei...


Por um lado sonhava em ter um bom emprego, mas por outro sempre prometi pra mim mesmo q não seria igual ao meu pai. O tempo passou e consegui um bom emprego mas virei bancário igual ao meu pai. Será q pensar no futuro é pensar no resultado propriamente dito, isto é, pensar no final, na pessoa q vc irá se tornar?? Hj vejo a pessoa q eu quero parecer num futuro, mas será q os caminhos confortáveis q eu venho seguindo me levarão a me tornar essa pessoa??


Perguntas sem resposta...

Difícil não eh?

Espero comentarios...

Obrigado pelo espaço galera!!!

domingo, 2 de setembro de 2007

Manhã regular...

Para mim, pior parte do dia de qualquer pessoa é a manhã...
Criei uma homenagem pra minha...

05h30min... O celular desperta (maldito!), tocando a música ‘walking’ (brinde que a nokia mandou junto com o aparelho). Olho pra cama do lado, minha roupa está toda ali em cima, já havia deixado tudo pronto desde a noite passada (impossível escolher alguma coisa esse horário). Fecho os olhos e me visto, olhos fechados claro, são 05:40.
Abro o olho direito e vou à cozinha, leite no microondas, sanduíche na chapa, programa tudo, vou lá fora, destranco o portão. “Bom dia Lucky, Will, Juliet, Tinkerbell”. “Au, au au, grrr”. Volto pra dentro, tomo o café (que não tem café – cafeína é a droga do século) rumo ao banheiro. (05:50)
Fecho o olho direito, abro o esquerdo. Necessidades fisiológicas, escovar os dentes, pentear o cabelo, espremer espinha (adolescente aos 23). Escuto um ronco longe, está chegando a van. Por 35 segundos abro os dois olhos (coordenação exigida pra atravessar o jardim e acertar a porta da Van). (06:00)
Sento no último banco, implorando pra que nenhuma pessoa inspirada a contar sobre ‘o seu dia’ venha a sentar do meu lado, geralmente tenho sorte – nem sempre infelizmente. Ligo o MP3, música alta pra isolar o barulho alheio, dou ‘bom-dia’ para os que merecem um pouco de consideração. Não que eu seja desagradável, mas exigir bom humor essa hora da manhã é abusadamente pretensioso.
Chegamos em Ponta Grossa, frio, vento, cheiro de mato, pessoas ‘simpáticas’ logo cedo. ‘Bom Dia’, eu falo isso pra todo mundo que vejo. Nesse horário já estou mais, digamos, sociável. Primeira aula... Segunda... Intervalo... Terceira... Intervalo voluntário (nós fazemos por conta)... Quarta... Quinta...
Geralmente entre a segunda e a terceira aula eu troco de sala, vou estudar PORTUGUÊS (resultado da adaptação de grade) no 1º período – o que é um verdadeiro prêmio, nunca vi uma sala com tantas pessoas brilhantes a minha volta... Perguntas corriqueiras que sou obrigado a ouvir: ‘O que é crase?’.
O entremeio é o que pode se esperar de um quintanista – rezando pra ficar livre da faculdade, não agüento mais nem ver a cara dos professores, mas calma, tá quase! Em função disso, muito se resume a diversão... Vamos rir do fim que está próximo, porque quando chegar, tsc tsc tsc.
11:50 Acaba a aula... Humpfff... Mais um dia que se passa, ou menos um dia para o fim? Difícil dizer... A graça da história toda é que ninguém faz a menor idéia do que virá a acontecer depois do fim da faculdade. Planos? Vários, todos temos. Temos também consciência que nem todos irão se realizar... Mas uma coisa é certa... Olhar para trás, e ver tudo o que passou... É mais do que razão pra dizer que valeu a pena! Faria novamente? Um outro curso talvez? Agora NÃO... Mas não deixa de ser uma proposta tentadora pro futuro...

Começo II

Como foi dito pelo Zeh...
O blog contará com contribuições, vim fazer minha parte.

Meu nome é Leandro, moro em Castro (na verdade, 35 horas da semana em Ponta Grossa - o restante em Castro)... Mudei pra cá a três anos, logo, fica para trás uma herança de 20 anos bem vividos no norte do Paraná... O que não deixa de influenciar, e muito, a pessoa que vos fala...

Críticas serão bem vindas (as consequências são de sua responsabilidade ;)

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

A possível vida após...

Esse texto eu escrevi faz um tempo. É a minha idéia.

Não sei porque eu vim escrever isso aqui hoje. Mas bem, o moleque morreu e parece que isso me deixou meio triste. Mas eu não conhecia ele. Engraçada essa capacidade que a gente tem. Não é bem uma capacidade, acho melhor chamar de sentimento mesmo.

Sabe, quando você vê números você nem sente muita coisa, "É lá longe mesmo", "É uma fatalidade". Mas daí chega a hora em que o seu amigo, aquele que estava com você ontem, pra quem você conta do seu namoro, aquele que você chama de viado e ele responde um "Fala seu bixa", aquele que toma todas com você, o pareceiro de verdade, chega a hora em que ele morre. E aí? Não vai mais ter aquele cara te chamando pra sair, nem vai mais ter o nick dele no msn. Pelo menos não em online, claro.

Isso que é a dor da morte: A lembrança. Eu acho que essa é a saudade de verdade, pois, pensa bem, quem é que vai responder as suas mensagens? Claro, você tem outro amigos, mas sempre que um some, esse um fica mais importante. É normal até. Porque é aí que você começa a lembrar de tudo. E a morte parece que vem com um perdão automático também. Para o morto, claro. Então você esquece os maus momentos e lembra mais dos bons. Você escolhe. E escolhe falar bem dele e os outros amigos resolvem falar bem e lembrar as coisas boas dele. Eu também sou assim, não nego.

Mas agora vem um problema: E o cara que morreu? "Vai pro céu, era um grande cara". Ok! Então você vai pro céu, mas e as suas lembranças? Imagina só, você chega no céu, se arranja por lá e, depois de tudo arrumado, resolve sair pra beber uma cerveja. (vale uma observação, o céu é pra ser um lugar bom, e como eu gosto de tomar cerveja, sair curtir, etc, etc, o céu tem q ter um bar bom, pelo menos) Vai sozinho? Eu não iria. Eu ia chamar meus amigos, o único problema seria o fato de eles não atenderem o telefone. É obvio que não iam atender, eles estão vivos! Por sinal, a maioria das pessoas que você conhece e com quem se relacionava deve estar viva. Chato, né? Você conhece pessoas diferentes lá no céu, faz novos amigos, mas nunca é a mesma coisa. Não serão as mesmas piadas, os mesmo lugares. Claro, eu sou meio saudosista, não tenho uma rotina, mas quero ver sempre as mesmas pessoas. Conhecer pessoas novas? É relativo e depende muito da pessoa. Não preciso disso, mas às vezes você tem boas surpresas e é mais uma pessoa que entra no grupo de velhos amigos e é mais uma pra você sentir falta depois. O que eu quero dizer é: Você morre e vai pro céu, pro paraíso, mas fica incompleto.

E é isso que a gente persegue, aquela coisinha que vai deixar a gente completo, satisfeito. Em vida eu sei que não vou achar, mas se tiver que passar a eternidade procurando, eu prefiro simplesmente desaparecer. Ou nascer de novo. Não quero ir pro céu de jeito nenhum, a não ser que tenha alguma coisa divina que te faça sentir completo. (e todos os que acreditam dirão que sim).
Se essa coisa divina existir mesmo, melhor. Aí você senta no sofá e assiste os dias passarem, tá tudo bem mesmo...

O começo

Bom, pra começar deixa eu explicar umas coisinhas. A proposta do blog é ter mais de 1 pessoa postando, conforme elas aparecerem elas se apresentam, ou não. Eu não vou ficar obrigando ninguém.

Bom, aqui quem vos escreve é José Eduardo e o resto não interessa. Eu sou a parte de São Paulo do Blog.

A proposta é que cada um poste o que lhe der na cabeça. Opiniões serão respeitas e membros do blog podem até mesmo responder um post com outro post.

Acho que é isso mesmo. E desculpem meus erros de português, eu sou péssimo mesmo.