sábado, 17 de novembro de 2007

Uma Jornada Infinita

Desculpem a ausência repentina, reduntante, frenquente e involuntária, mas acho que pelo texto meio que dá pra explicar o que está havendo...

Visualize a seguinte situação:
Ele nasceu, cresceu, demorou quase um ano e meio para começar a falar e praticamente dois anos para dar os primeiros passos. Ele cresceu mais um pouco, entrou na escola, a família inteira trabalhava o dia todo, então ia para escola bem cedo e voltava no fim da tarde.
Seis anos depois do nascimento, ele troca de escola. Novos amigos, nova professora, novo método, novo lanche... Agora era uma escola católica, a principal novidade: regras, regras e mais regras.
.
Mas, de repente, o método católico não era o melhor. Cinco anos depois e ele troca de escola mais uma vez, agora uma escola estadual. Ele fica chocado... Não por ser uma escola diferente, não pelas inúmeras novidades, não por ter que conhecer os amigos, professores, diretores e etc. Mas porquê ele sempre se imaginou melhor que os 'estaduais' e eis que, na verdade não era. Era melhor que alguns de fato, mas muito pior que outros... Gostou da situação, talvez os quatro anos mais divertidos.
.
Mas não era o suficiente ainda, passados os quatro anos. O melhor caminho era ir para a cidade vizinha, afinal, no vilarejo em que vivia a educação era paupérrima. Voltou para uma instituição privada, reaprendeu a conviver com a aparência e a superficialidade. Gostou também. Foram três anos de aprendizado constante em todos os sentidos, talvez pela idade... Saiu de lá com dezessete anos.
.
Faculdade... Pior coisa do mundo, fazer uma escolha! Escolha não, estigma. Vai andar com você o resto da vida. Ele decidiu optar pelo que achava certo. Mudou de cidade foi pra um lugar novo, fez novos amigos, novos professores, tudo novo. Seis meses depois, adivinha? Ele errou, não estava no caminho certo.
.
Voltou pro velho, agora era tudo velho, os velhos amigos, a velha cidade, a velha vida... Seis meses se passam, e ele volta a fazer uma escolha. A princípio apreensivo, mas depois ele se acostuma, acaba gostando da idéia com o passar do tempo, esta com novidades também, nova cidade, novos amigos que se juntaram aos velhos, um novo mundo.
.
Um ano se passou e quando ele achava que todo o novo tinha acabado, mais uma novidade. Ele vai se mudar, vai pra uma nova cidade, agora muito mais longe que todas as anteriores. Tudo é diferente, até o andar das pessoas é diferente. Nos quatro anos em que ele vive nesse lugar ele aprende mais do que aprendera em toda a sua vida, ele aprende lições muito difíceis que somente na prática podem ser ensinadas, ele aprende sobre pessoas, sobre o mundo, sobre o tempo, sobre paciência e até mesmo sobre distância...
.
Ele achava que tudo tinha acabado, mas essa semana ele recebe uma notícia, e agora, tudo vai mudar mais uma vez... Só resta a eterna esperança, que na infinitude da jornada, seus passos o levem a aprender mais e mais...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Sobre um Gato Pardo

Mil desculpas por ter largado isso aqui.. Ninguém curte postar e eu não vou ficar cobrando. Como eu já tinha dito: posta quem quer. Só gostaria de um pouco mais de consideração dos membros...

Vai um texto, que é mais uma conversa, do último episódio de Cowboy Bebop. Eu tinha uns 15 anos quando assisti a série inteira. Me deixou um pouco do que eu sou hoje. A conversa e a série.
Quem não viu, não viveu.

"Do you know a story that goes like this?"
"There was once a tiger-stripped cat.
This cat died a million deaths
and was reborn a million times
and was owned by various people
who he didn't care for.
The cat wasn't afraid to die...
One day, the cat was a free, a stray cat.
He met a white female cat, and the two cats
spent their days happily together.
Years passed and the white cat died of old age.
The tiger-stripped cat cried a million times and then died.
It never came back to life..."
"That's a good story..."
"I hate that story... I hate cats..."

(aqui vai a tradução)

"Você conhece uma história mais ou menos assim?"
"Era uma vez um gato listrado.
O gato morreu um milhão de vezes
e renasceu um milhão de vezes
e várias pessoas foram donas dele
mas ele não se importava com nenhuma delas.
O gato não tinha medo de morrer...
Um dia, o gato era livre, um gato de rua.
Ele conheceu uma gata branca, e os dois
passaram seus dias felizes, juntos.
Anos se passaram e a gata branca morreu de velhice.
O gato listrado chorou um milhão de vezes e depois morreu.
Nunca mais voltou a vida..."
"É uma boa história..."
"Eu odeio essa história... Eu odeio gatos..."